Há seis meses escrevi neste mesmo espaço o seguinte texto: “Amor à Vida”, a novela do Mateus Solano. Era o dia seguinte da estreia da atual trama das nove. Me arrisquei ao cravar tal afirmação após ver somente o primeiro capítulo da história de Walcyr Carrasco, coisa que costumo evitar para não cometer injustiças.
Passado esse tempo, observo que meu faro não foi falho. Solano, sem dúvidas, é o grande nome de “Amor à Vida”, que traz em seu elenco baluartes do nível de Antônio Fagundes, Susana Vieira, Nathalia Timberg, Elizabeth Savalla e Ary Fontoura. Além de Tatá Werneck, aquela que quase ofuscou Mateus com sua Valdirene.
Nessa segunda, 18, a tão esperada sequência em que Félix é desmascarado serviu para comprovar duas coisas: “Amor à Vida” é sim a novela de Mateus Solano, um estupendo ator.
Confrontado e encurralado, o vilão vomitou o que estava engasgado. A vitimização e o cinismo deram lugar ao Félix que aprendemos a amar odiar. O personagem colocou pra fora todo o ciúme doentio que sente da meia-irmã desde a infância. Mostrou-se uma pobre criatura ao mensurar os danos que a ausência de afeto de seu pai lhe causou. Revoltou, enojou e, sobretudo, causou pena. O que Félix fez foi monstruoso e injustificável, porém compreensível.
Paolla Oliveira, a Paloma, principal vítima do vilão, esteve irretocável em cena, como também Fagundes, porém, assim como os demais presentes, acabaram como simples coadjuvantes e telespectadores diante da interpretação de Mateus. Toda a sequência, a melhor da novela até aqui, prendeu a atenção da plateia num misto de ansiedade e perplexidade. O público reagiu bem ao barraco: 43 pontos de média com pico de 45 em São Paulo, o recorde da novela.
O que estaria reservando Carrasco para os próximos meses? Félix buscará a redenção?A atitude do vilão é compreensível? Deixe sua opinião no campo de comentários abaixo!