Perde o “Pânico”. Ganha a Record. E Sabrina?

Sabrina Sato
Sabrina Sato

A Record divulgou nesta segunda-feira (16), enfim, um comunicado informando a contratação de Sabrina Sato, alardeada pelo noticiário televisivo há dez dias. A apresentadora assinou por dois anos, com preferência de renovação por mais dois, para comandar um programa dominical e um reality na nova Casa.

A transferência da ex-BBB para a emissora de Edir Macedo precisa ser analisada em partes.

1 – A Band e o “Pânico” são, por ora, os únicos prejudicados nessa história. Galinha dos ovos de ouro, Sabrina vendia muito bem, além de ter a empatia do público. Tutinha, dono da marca “Pânico”, revelou que ficou surpreso com o fato de Sabrina sentir-se insatisfeita no programa. Não só ao empresário, mas a decisão da “japa” pegou a todos de surpresa. Sato tem todo o direito de querer alçar voos solos, é completamente compreensível. A condição de “garota do merchan” não lhe fazia sentido. Não mais nessa altura da vida.

2 – A Record segue provando a sua capacidade de surpreender a concorrência. A transferência de Sabrina, pode-se dizer, é uma das grandes bombas envolvendo os bastidores da TV nos últimos tempos, ficando atrás apenas do rebuliço que a contratação de Gugu Liberato causou. Gugu e Sabrina têm muito em comum. O primeiro saiu de uma emissora que não lhe afagava como antes,  deixando-se seduzir pelas promessas da Record. A segunda largou um casamento duradouro com a turma de Emílio Surita para corresponder ao acenos e promessas da mesma Record. Gugu era muita areia para o caminhãozinho da Record. Deu no que deu. Sabrina é muita purpurina e laquê para a Record.

3 – Sabrina seguiu o que o seu coração determinou. Certa ou errada, seguiu. Ninguém tem o direito de definir o caminho que a carreira de Sabrina deve tomar, além da própria. É um salto e tanto para a japonesa de Penápolis que conquistou o Brasil nos primórdios do “BBB”. Sabrina merece estar feliz. É uma boa moça. Dedicada. Esforçada. Ainda não está pronta para o desafio que a espera. O projeto envolvendo a sua contratação transfere para si as atenções. Como será o programa? Há, de fato, um projeto? Estaria a Record seduzindo a moça de olho apenas em seu poder de vendas? Isso não basta. Sabrina precisa ter postura, dicção e conceito de apresentadora. E a Record precisa apoiá-la e colocar as ideias em ordem. Sabrina não merece passar pelo vexame que Gugu passou.

Até aqui, muito pouco se sabe sobre essa união. E como em qualquer relacionamento, seja duradouro ou não, a falta de clareza e consistência intriga. É para se preocupar.

Sabrina Sato, Luiz Cláudio Costa (presidente da Record) e Mafran Dutra (presidente do Comitê Artístico da Record)
Sabrina Sato, Luiz Cláudio Costa (presidente da Record) e Mafran Dutra (presidente do Comitê Artístico da Record)

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João Paulo Dell SantoJoão Paulo Dell Santo
João Paulo Dell Santo consome TV e a leva a sério desde que se entende por gente. Em 2009 transformou esse prazer em ofício e o exerceu em alguns sites. No RD1, já foi colunista, editor-chefe, diretor de redação e desde 2015 voltou a chefiar a equipe. Pode ser encontrado nas redes sociais através do @jpdellsanto ou pelo email [email protected].