Sete meses após sua estreia, “Velho Chico”, da Globo, dá adeus aos telespectadores nesta sexta-feira (30). A novela de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi foi marcada por polêmicas desde seu lançamento.
Antes mesmo da estreia do folhetim, o autor entrou em discussão ao dizer que odeia “história de bicha” e que “pode existir, pode aceitar, mas não pode transformar isso em aula para crianças”. Na época, grupos LGBT chegaram a propor um boicote à produção.
Em seguida, o nome de Barbosa esteve envolvido em supostas brigas com o diretor Luiz Fernando Carvalho e também com sua filha, Edmara Barbosa, que deixou a equipe de roteiristas.
No decorrer dos meses, a atual trama das 21h recebeu críticas pela caracterização dos personagens, sotaque, atuações em sua segunda fase, pelo excesso de suor, insinuação de incesto e até pela peruca utilizada por Afrânio (Antonio Fagundes). Recentemente, o veto a uma imitação de Milton Neves também foi criticada.
Além disso, em várias ocasiões, a equipe precisou fazer ajustes na história e na fotografia para aumentar a audiência da faixa. Depois de um início difícil, “Velho Chico” apresentou reação em sua reta final, com números acima dos 30 pontos na Grande São Paulo. Cada ponto equivale a 69,4 mil domicílios.
No entanto, entre as marcas da produção estão o falecimento de Umberto Magnani – após um acidente vascular encefálico (AVE) – e a tragédia com Domingos Montagner, que morreu afogado no rio São Francisco, local que serve de pano de fundo para o folhetim. O ator estava em um momento de folga quando decidiu fazer um mergulho com Camila Pitanga. A morte do intérprete do protagonista Santo fez com que a equipe modificasse os capítulos finais.