“O público abraçou a Carol com muito carinho”, revela Manuela do Monte

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Manuela do Monte vive a Carol em “Chiquititas”

Nos próximos meses, Manuela do Monte dará adeus à uma das personagens mais queridas da TV brasileira, a professora Carol de “Chiquititas”. A novela teen bate recordes ao se tornar um dos folhetins mais longevos da televisão — atualmente, está no capítulo 445 e deve ultrapassar os 500 episódios.

Manu, como é chamada pelos amigos, estreou em 2003 na minissérie “A Casa das Sete Mulheres”, na pele de Joana, filha bastarda do personagem Onofre Pires (José de Abreu). Logo, conquistou destaque como a Luíza na temporada 2003 de “Malhação” — em reprise pelo Canal Viva.

Entre novelas e séries destacam-se “Começar de Novo”, “Páginas da Vida”, “Paraíso”, “Escrito nas Estrelas”, “Insensato Coração”, “A Vida da Gente”, “A Diarista”, “JK” e “Casos e Acasos”. No teatro, fez Salomé em “A Paixão de Cristo”. Nas telenonas, chamou a atenção do diretor Jayme Monjardim como a Camila, em “Manhã Transfigurada” e “Estado de Exceção”.

Em entrevista ao RD1, a atriz comemora o sucesso conquistado junto ao público infantil: ”O retorno que recebo nas redes sociais e nas ruas é muito positivo, amoroso e incentivador.”

Confira a íntegra da conversa:

RD1 – Você estreou na televisão em “A Casa das Sete Mulheres”, logo depois fez “Malhação” e, atualmente, protagoniza “Chiquititas”. Como avalia o processo de construção de sua carreira? Como surgiram os convites para o veículo?

Manuela do Monte – A “Casa” apareceu na minha vida de uma forma muito louca e abençoada. O teatro sempre foi o meu hobby da adolescência e, por conta disso, acabei fazendo um filme em minha cidade chamado “Manhã Transfigurada”. No dia em que Jayme Monjardim passava por Porto Alegre pesquisando locações para a minissérie, saiu uma matéria no jornal local sobre o cinema gaúcho citando meu filme junto com uma foto minha. Dessa maneira, me conheceu e me chamou para um teste. Fui ao Rio para este trabalho e acabei ficando por lá durante dez anos. Meu hobby virou minha profissão e, então, pude perceber a seriedade com que sempre levei essa minha “brincadeira”. Enfim, avalio minha trajetória de forma muito positiva. Na medida em que os trabalhos foram acontecendo, pude investir cada vez mais em mim. Hoje, sou formada em artes dramáticas e vejo essa profissão como um aprendizado constante. Ainda tenho muito que aprender e muitos personagens para viver.

RD1 – Em “A Casa das Sete Mulheres” e “Malhação” o elenco era formado por veteranos da dramaturgia, como Nívea Maria, Eliane Giardini, Maitê Proença, Suely Franco e José de Abreu — seu pai tanto na série como na novelinha. O quanto contribuiu contracenar com atores tão renomados?

Manuela do Monte –  Contribuiu tanto que é impossível mensurar o quanto. Eu tive muita sorte nesse sentido, principalmente por encontrar bons colegas que tiveram muito cuidado com a jovem e nova colega que eu era. Sempre procuro observar e aprender com as pessoas com quem trabalho, independente de serem experientes ou estreantes. Durante as gravações de “Chiquititas”, por exemplo, observar a forma como as crianças trabalhavam era muito enriquecedor para mim.

RD1 – O Canal Viva já reprisou “A Casa das Sete Mulheres” e, agora, “Malhação” está no ar justamente com a temporada em que você é a protagonista ao lado do ator Sérgio Marone. Conseguiu rever alguma cena? Que avaliação faz ao olhar um trabalho feito há mais de dez anos?

Manuela do Monte – Vi “Malhação” pouquíssimas vezes. Tenho acompanhado mais pelos posts no Instagram, da galera que acompanha “Chiquititas” e agora também a “Malhação”. Confesso que é meio estranho me ver em um trabalho de tantos anos atrás, mas faço uma avaliação positiva. Acho que sempre busquei levar meus trabalhos com muita verdade e sinceridade. Tenho amadurecido isso e, cada vez mais, também tenho conseguido me entregar às personagens.

RD1 – “Malhação” vai completar 20 anos no ar. Você, Sérgio Marone e a Nathália Rodrigues protagonizaram uma das temporadas de maior sucesso. O quanto ter passado pela novelinha agregou à sua carreira? O que ouve do público em relação à Luisa?

Manuela do Monte – “Malhação” agregou muito em minha trajetória, com certeza. Eu havia acabado de fazer “A Casa das Sete Mulheres” que envolvia um público bem diferente do de “Malhação”, inclusive pelo horário em que passava. Também são programas muito diferentes e que exigem “tons” diversos de interpretação. Fazer “Malhação” foi entrar em contato com um público muito mais amplo e ter a responsabilidade de protagonizar um trabalho com tanta projeção. Foi o momento em que reconheci a atuação como minha profissão. Sempre escuto comentários muito positivos do público em relação à Luisa.

RD1 – Acompanhou as mudanças promovidas ao longo dos anos em “Malhação” — inclusão das redes sociais, por exemplo — em relação à sua temporada?

Manuela do Monte – Infelizmente, não pude acompanhar muito. O horário é meio ingrato para minha rotina de trabalho.

RD1 – Sua primeira novela das 21h foi “Páginas da Vida”, de Manoel Carlos. A forma como o autor desenvolve suas tramas — focando em dramas familiares —, mexeu de alguma forma com você? 

Manuela do Monte – Não tenho dramas familiares de grande expressão na minha história, mas, com certeza, a forma realista com que o Maneco escreve ajudou muito na composição da minha personagem e rendeu muitas reflexões sobre a vida e as relações. Adoro a forma como ele retrata o cotidiano. É incrível!

RD1 – Já trouxe para a sua vida pessoal características de alguma personagem?

Manuela do Monte –  Não que eu tenha percebido, mas sempre que estou no curso de um trabalho fico constantemente “conversando” com minha personagem. Sempre aprendo com elas.

RD1 – Integrar o elenco de “Chiquititas” aproximou você do público infantil. Como o telespectador recebeu a “Carol” da Manuela?

Manuela do Monte – Me senti muito bem-vinda. Desde a estreia da novela, o público abraçou a Carol com muito carinho. O retorno que recebo nas redes sociais e nas ruas é muito positivo, amoroso e incentivador.

RD1 – Sentiu o peso de alguma comparação com a atriz Flávia Monteiro — protagonista da primeira versão? Já era fã da novela?

Manuela do Monte – Na verdade não ouvi nenhuma crítica em relação a isso e também não me preocupei com essa questão. Me dediquei a encontrar minha própria Carol e gostei muito da maneira como o público interagiu com ela. Não acompanhei a primeira versão de “Chiquititas”, então não tinha muita referência da Carol da Flávia, nem dos pormenores da história.

RD1 – “Chiquititas” entra em sua reta final nos próximos meses, do que mais vai sentir saudade? Como é a sua relação com as crianças? 

Manuela do Monte –  Acabamos as gravações e já estou morrendo de saudades dos amigos que fiz durante esse trabalho. É do convívio intenso que tivemos durante as gravações que mais vou sentir saudades. Minha relação com as crianças é de muita parceria e carinho. Pretendemos continuar nos encontrando sempre.

RD1 – Quais programas ou novelas mais gosta e quais marcaram a sua infância?

Manuela do Monte –  Gosto muito de séries, programas de culinária, de entrevistas e de decoração. Na infância, acompanhei a novela “Vamp”. Eu amava, até me fantasiei de “Vamp” no Carnaval. (Risos)

RD1 – Quais seus novos projetos?

Manuela do Monte – Estou ensaiando uma peça infantil com a Carla Fioroni e o João Acaiabe. Chama-se “Histórias para a Hora do Não” e conta a história de duas amigas — Flor e Ada — que passam o dia inteiro juntas desde que acordam até a hora que vão dormir. Eu e Carla estamos em cena sob a direção atenta e amorosa do João.

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