Correspondente da Globo na Itália há mais de 20 anos, Ilze Scamparini completa 40 anos de carreira e reúne diversos momentos marcantes vividos por causa da profissão.
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Em conversa com a revista Contigo, a jornalista foi questionada sobre qual história mais marcante ela vivenciou dentre as inúmeras coberturas importantes.
“A chegada do Euro e quase seu fim, com a crise do débito grego, que começou em 2009. Outro processo histórico foi o de reunificação das duas Alemanhas, que começou em 1990, mas nada se comparou, de fato, ao impacto da morte de João Paulo II, o fim de um papado de quase 27 anos”, destacou.
Em seguida, Ilze Scamparini ainda fez um balanço sobre o tempo de carreira e frisou que passou décadas viajando e vivendo situações que não passaria se não fosse jornalista.
“A sensação de ter atravessado vários desses confins, numa época em que viajar era mais difícil, é algo valioso que, com o passar dos anos, me enriquece como pessoa. Ao mesmo tempo, cada aventura exigiu um sacrifício mental, físico e emocional. Sempre foi duro para mim me separar da família“, confessou.
“Minha profissão envolveu algumas lágrimas pelo caminho. Tive a imensa sorte de, no início da doença da minha mãe, ter podido trazê-la para a Itália, ainda com saúde, e com quase toda a família. Foram meses maravilhosos de despedida. (…). Foi um grande privilégio que a vida me deu“, completou.
Ilze Scamparini fala sobre mudanças
Com anos de carreira, a global viu de perto o jornalismo mudar com o passar do tempo e tudo se modernizar.
Questionada sobre o que mudou, Ilze destacou o tamanho dos equipamentos. Além disso, que antigamente as pesquisas eram feitas em livros, xerox de jornal e revistas, e atualmente tudo ficou mais fácil com o celular.